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19.6.14

Gustave Eiffel ? Nada disso !!

Nunca paguei para aceder ao terraço do Elevador de Santa Justa. Mas agora quiseram cobrar-me 1.5 euros.

Imagina-se a clarividência de um gestor da Carris a pensar: "Aqui está uma forma expedita de amealhar mais uns trocados". Utopicamente, ele terá também pensado: "Com o dinheiro que fizermos, vamos contratar uns guardas à paisana para vigiarem o Eléctrico 28".
Causa nobre... ou talvez não.
O certo é que, a talho de foice, aumentaram também o custo da subida. Agora cobram-se 5 euros. A subida demora 30 segundos. São apenas 17 cêntimos por cada segundo de enriquecedora experiência, a subir 30 metros ensanduichado entre duas dúzias de turistas encalorados.

Raoul Mesnier du Ponsard ficaria orgulhoso. Em Paris, na Torre do seu "patrão" Gustave Eiffel, os 276 metros de subida custam 15 euros e facultam uma experiência que dura 2m25s. 10 cêntimos por segundo de subida e uma vista mais abrangente, convenhamos. E além disso (talvez para fazer concorrência ao nosso Elevador), quem quiser subir a pé os 669 degraus que levam ao 2º piso, paga apenas os mesmos 5 euros que nós.



Enfim... portuguesices. Uma escada de caracol para subir ao terraço, outra para sair de lá. Uma mesa cheia de moedas e dois simpáticos rapazes a cobrar 1.5 euros por cada subida. "Passam factura?", "Não, não passamos". "Mas olhe que é ilegal...", "Ah! Pois... então espere pelo guarda-freio do elevador que ele passa-lhe a factura...". Se eu fosse Fiscal das Finanças saberia se uma factura (ou título de transporte, ou bilhete de admissão) carece de pedido ou deve ser emitida sem termos de a pedir. Assim, fico com as minhas dúvidas...

Se a moda pega, ainda vamos pagar para subir as Calçadas da Glória e do Lavra ou a Rua da Bica de Duarte Belo... a pé !!

Optei por não subir, por não pagar. Uma mesa cheia de moedas, dois simpáticos rapazes, uma ou duas facturas emitidas diariamente (no máximo)... eu imagino o regabofe que deve ser o acerto de contas ao fim do dia...
Comi uma bifana e bebi uma imperial. Custou-me praticamente o mesmo que subir a escada de caracol...

E como até hoje nunca paguei para aceder ao terraço do Elevador de Santa Justa, considero que as muitas fotografias que já tirei também devem ser grátis, do domínio público. E aqui ficam algumas...


(bibl.)

Raul Mesnier du Ponsard (n. Porto, 1848; f. Inhambane, 1914), português de origem francesa, formou-se na Universidade de Coimbra em Matemática e Filosofia e na França em Engenharia Mecânica. Ficou conhecido por ter construído muitos elevadores, e funiculares em Portugal.
Como engenheiro de obras públicas foi projectista de sistemas de elevadores de transporte público em Braga (Elevador do Bom Jesus), Porto (Funicular dos Guindais), Lisboa (elevadores de Santa Justa, Glória, Bica, Lavra), Nazaré (Elevador da Nazaré) e do comboio do Monte, no Funchal.
O Elevador de Santa Justa foi construído entre 1900 e 1902 e tem 45m de altura.






Para um Alfacinha, o Elevador admira-se pela sua estética neo-gótica e pelo bonito trabalho em ferro, distinto em cada andar. Para o Turista sem tempo para estas minúcias, o que vale o passeio é a vista que se disfruta do alto. Enfim, há para todos os gostos.











( ««« algum tonto hasteou a bandeira nacional de pernas para o ar...)















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